O furacão Milton, atualmente no Golfo do México, é a terceira tempestade com a intensificação mais rápida já registrada no Atlântico, segundo dados do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. Em menos de 24 horas, os ventos do furacão aumentaram em 144 km/h, superando o critério de intensificação rápida, que é de 56 km/h. Com essa aceleração, Milton se tornou um furacão de categoria 5, apresentando um crescimento explosivo de força.
Este fenômeno de intensificação rápida, embora impressionante, não é sem precedentes na região. Apenas dois furacões, Wilma em 2005 e Felix em 2007, conseguiram um fortalecimento mais significativo em um período similar. Wilma, que detém o recorde de intensificação rápida no Atlântico, viu seus ventos sustentados aumentarem em 177 km/h em 24 horas, enquanto Felix registrou um aumento de 160 km/h no mesmo período.
A temporada atual já viu Milton se tornar a 13ª tempestade nomeada e a sétima a se intensificar rapidamente na bacia do Atlântico. Especialistas apontam que a rápida intensificação de furacões pode estar se tornando uma ocorrência mais comum devido ao aquecimento global, provocado pela poluição resultante de combustíveis fósseis, que contribui para o aumento das temperaturas dos corpos d’água.