No cenário atual de incertezas econômicas e com o recente início de um ciclo de aperto monetário pelo Banco Central, os brasileiros têm buscado a segurança dos fundos de renda fixa para proteger seu capital. Em 2023, esses fundos captaram R$ 309 bilhões até setembro, em contraste com a captação de apenas R$ 800 milhões pelos fundos de ações. A indústria de renda fixa evoluiu, oferecendo produtos mais sofisticados, com boa rentabilidade e pagamento de rendimentos periódicos, atraindo investidores que buscam minimizar riscos.
Os fundos de crédito privado têm se destacado, especialmente após um semestre inicial desfavorável, e continuam a apresentar desempenho positivo. Fatores como a taxação de fundos exclusivos e a restrição nas emissões de produtos de renda fixa contribuem para essa captação. A analista Clara Sodré destaca que o patrimônio líquido dos fundos de renda fixa cresceu 8% somente este ano, com alguns produtos entregando retornos relevantes, superando a taxa de juros.
Diversas estratégias emergem, como os Fundos Incentivados de Investimento em Infraestrutura (FI-Infras) e os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), que oferecem características atrativas para investidores. Os FI-Infras, por exemplo, são compostos por debêntures que financiam projetos de infraestrutura, enquanto os FIDCs envolvem créditos de empresas. Ambos podem proporcionar isenção de impostos e rendimentos mensais. Além disso, os fundos de crédito High Yield prometem retornos elevados, embora envolvam riscos maiores, refletindo uma tendência de sofisticação na busca por investimentos rentáveis e seguros.