Em 2022, cerca de 30% das mulheres pretas ou pardas estavam fora do mercado de trabalho no Brasil, refletindo uma desigualdade socioeconômica agravada pelo acesso limitado à educação e à sobrecarga nas tarefas domésticas. Nesse contexto, o Fundo Agbara se destaca como o primeiro fundo filantrópico exclusivamente voltado para o empoderamento das mulheres negras, atuando na promoção do empreendedorismo e da empregabilidade, além de gerar renda e contribuir para a equidade racial e de gênero.
Desde sua criação em setembro de 2020, durante a pandemia de covid-19, o Fundo Agbara já realizou mais de 4 mil atendimentos e apoiou 317 mulheres com aportes financeiros diretos, realizando mais de 50 projetos em todo o Brasil. O fundo organiza eventos, como o 2º Jantar Agbara e a 4ª edição do Festival Agbara da Mulher Negra, que visam reunir lideranças e intelectuais para debater os direitos econômicos das mulheres negras e proporcionar visibilidade às iniciativas afroempreendedoras.
Além do apoio financeiro, o fundo busca influenciar políticas públicas que garantam direitos econômicos para mulheres negras. A filantropia negra no Brasil tem raízes históricas, desde o período de escravização, quando grupos se organizavam para promover a autonomia e combater o racismo estrutural. Atualmente, o Fundo Agbara, entre outros, capta doações para multiplicar recursos e financiar projetos que promovem a equidade racial.