A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está sediando a Reunião Anual da Rede Pasteur 2024 até a próxima quinta-feira, destacando a importância da troca de conhecimentos científicos entre instituições de todo o mundo. O evento concentra-se na utilização de inteligência artificial e novas tecnologias para fortalecer a preparação contra epidemias e crises sanitárias, abordando temas como mudanças climáticas e doenças infecciosas, incluindo dengue, Mpox e gripe aviária. A Rede Pasteur, que envolve mais de 30 institutos em 25 países, é reconhecida por sua contribuição à saúde pública global e pela colaboração com a Organização Mundial da Saúde.
Durante a cerimônia de abertura, especialistas enfatizaram a necessidade de integrar dados e tecnologias para enfrentar desafios de saúde pública. O médico e pesquisador Manoel Barral Netto ressaltou a importância do uso de dados de vacinação durante a pandemia de covid-19, que permitiu a avaliação eficaz das vacinas. A pesquisa indicou que os dados brasileiros possuem a qualidade necessária para monitorar a vacinação, sugerindo a criação de um sistema contínuo para essa finalidade. Além disso, Peter Piot, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, destacou a importância de alinhar esforços e conhecimentos para lidar com crises sanitárias futuras.
Os participantes também discutiram o papel da inteligência artificial na saúde, destacando como essa tecnologia pode melhorar a análise de dados e o diagnóstico, contribuindo para respostas mais rápidas a crises. Amadou Sall, presidente da Rede Pasteur, enfatizou que a IA deve ser utilizada de forma ética e acessível, visando reduzir desigualdades e disparidades. O evento reflete um compromisso crescente com a inovação e a colaboração global na abordagem de problemas complexos de saúde pública.
