Uma funcionária de um laboratório de saúde foi presa temporariamente após a descoberta de que seis pacientes na lista de transplante receberam órgãos contaminados com HIV. A operação policial, denominada Verum, resultou na apreensão de documentos e na detenção de várias pessoas, incluindo a funcionária e um sócio do laboratório. Documentos judiciais revelaram que ela e o sócio assinaram resultados com falsos-negativos para a sorologia de HIV, levando a uma investigação mais aprofundada sobre as práticas do laboratório.
Em sua defesa, a funcionária negou qualquer participação nas irregularidades, alegando que seu nome foi utilizado de forma indevida. Embora tenha sido contratada como supervisora administrativa, ela destacou que não possui formação em biomedicina e que suas assinaturas eletrônicas foram coletadas sem consentimento. Com formação como técnica de análises laboratoriais, ela enfatizou que nunca teve registro na área médica, o que levanta questões sobre a responsabilidade das instituições na validação das informações profissionais.
Após a divulgação do caso, a funcionária começou a receber ameaças que a deixaram preocupada com sua segurança. A situação traz à tona a necessidade de uma revisão rigorosa nas práticas de supervisão e ética nos laboratórios, bem como a proteção dos direitos dos funcionários em situações de investigação criminal.