O transporte coletivo em Belém enfrenta uma crise, com apenas 51 dos 300 ônibus previstos em circulação. A Procuradoria Geral do Município (PGM) ajuizou uma ação para exigir que os veículos, que deveriam oferecer conforto aos passageiros com ar-condicionado e Wi-Fi, comecem a operar imediatamente. Atualmente, os poucos ônibus disponíveis estão parados nas garagens, expostos às intempéries, enquanto a população continua a sofrer com as altas temperaturas e a falta de infraestrutura adequada.
Apesar do acordo assinado entre a Prefeitura de Belém, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belém (Setransbel) e o Governo do Estado, a frota de transporte público permanece com cerca de 1.115 veículos, cuja idade média é de mais de oito anos. Desde a chegada dos novos ônibus em junho, as expectativas de mudança no sistema de transporte não se concretizaram, e o desconforto dos passageiros persiste. A lei que assegurou isenções fiscais para a implementação do novo sistema foi publicada, mas a efetividade das medidas ainda está em questionamento.
O Setransbel afirmou que os 300 ônibus foram adquiridos e a documentação necessária foi apresentada. No entanto, a operação dos veículos ainda depende de decisões judiciais, o que mantém a situação em impasse. Enquanto isso, a população aguarda por melhorias no transporte público, que impacta diretamente na qualidade de vida de quem depende desse serviço para se deslocar pela cidade e região metropolitana.