Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro resultou na prisão de uma mulher envolvida em um esquema de fraudes na Porto Saúde, causando um prejuízo estimado em R$ 11 milhões. A investigação revelou que a organização criminosa simulava mais de 800 vínculos empregatícios em empresas de fachada para vender planos de saúde coletivos. A irregularidade foi detectada pela operadora, que notou problemas nas contratações. A líder do grupo foi detida em sua residência, onde negou as acusações.
Além da principal envolvida, outros membros da organização também participaram do esquema, incluindo um contador responsável por abrir novas empresas sempre que eram identificadas irregularidades. A investigação sugere a participação de um médico que recomendava pacientes para os planos fraudulentos. O modus operandi incluía a abordagem de consumidores em uma clínica médica de propriedade da organização, que resultou em relatos de beneficiários enfrentando dificuldades para acessar procedimentos de saúde.
A Porto Saúde declarou estar comprometida em combater fraudes e ressaltou que a criação de vínculos falsos prejudica tanto as operadoras quanto os consumidores. A problemática das fraudes em planos de saúde não é isolada, com perdas no setor estimadas entre R$ 30 bilhões e R$ 34 bilhões em 2022. Essa situação não apenas eleva os custos dos planos, mas também impacta todos os beneficiários, evidenciando a gravidade do problema.