Ana Lucia Umbelina Galache de Souza foi condenada por utilizar documentos falsificados para se passar por filha de um ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, recebendo mais de R$3,7 milhões em pensão ao longo de 33 anos. A fraude começou quando Ana Lucia, aos 15 anos, foi registrada como filha de seu tio-avô falecido, Vicente Zarate, permitindo-lhe obter benefícios indevidos do Exército Brasileiro. Em fevereiro de 2023, a Justiça Militar determinou a devolução do valor e impôs uma pena de três meses de prisão.
Durante as investigações, Ana Lucia admitiu que contou com a ajuda de sua avó para forjar os documentos. O caso veio à tona após a avó exigir uma quantia do benefício, o que levou à revelação da fraude. Embora a avó tenha falecido antes de ser ouvida, seu papel na operação foi considerado na ação penal. Ana Lucia, que se apresentou sob o nome de Ana Lucia Zarate apenas para receber a pensão, teve sua identidade real confirmada por documentação que a ligava a outra família.
O Tribunal de Contas da União também impôs uma multa de R$1 milhão e a suspendeu de exercer cargos públicos por oito anos. A Defensoria Pública da União recorreu da condenação, argumentando a falta de provas e pedindo que Ana Lucia permanecesse em liberdade durante a análise do recurso. O Exército Brasileiro se absteve de comentar as decisões judiciais, mantendo uma postura de respeito pelas instituições.