Cientistas confirmaram que várias espécies de vaga-lumes já iluminavam o céu durante o final do Mesozóico, uma descoberta que se baseia em um fóssil de 99 milhões de anos encontrado em âmbar birmanês. A nova espécie, chamada Flammarionella hehaikuni, é apenas a segunda conhecida do período e fornece informações valiosas sobre a evolução dos vaga-lumes e suas características bioluminescentes. Esse fóssil ajuda a preencher lacunas na compreensão da história evolutiva dos besouros lampyroides, revelando que algumas características essenciais, como os órgãos luminosos, se mantiveram consistentes desde o Cretáceo.
Os vaga-lumes, que hoje somam mais de 2.000 espécies, possuem a bioluminescência, uma habilidade que se acredita ter surgido há pelo menos 100 milhões de anos. A pesquisa destaca a raridade de fósseis dessa categoria, já que o registro fóssil de insetos é frequentemente limitado devido à fragilidade de seus corpos. Os especialistas sugerem que as antigas espécies de vaga-lumes podem ter pertencido à subfamília Luciolinae, com a nova espécie sendo uma fêmea que apresenta diferenças morfológicas em relação a outros espécimes identificados anteriormente.
Os pesquisadores esperam que novas descobertas de fósseis de vaga-lumes do Mesozóico ajudem a esclarecer a origem e a diversidade desses insetos bioluminescentes. Embora os detalhes sobre os estágios imaturos de sua evolução permaneçam obscuros, há otimismo de que futuros achados tragam informações adicionais sobre a morfologia e a adaptação dos vaga-lumes ao longo do tempo. A compreensão da bioluminescência e seu papel na comunicação e na defesa dos insetos continua a ser um campo promissor de pesquisa científica.