Mais de 530 mil consumidores na região metropolitana de São Paulo permanecem sem energia elétrica na manhã desta segunda-feira (14), após um intenso temporal que atingiu a área na última sexta-feira (11), com ventos superiores a 100 km/h. A distribuidora Enel São Paulo informou que, desde o evento, 1,5 milhão de clientes tiveram o serviço restabelecido, enquanto 537 mil ainda enfrentam a falta de luz. A situação resultou em pelo menos cinco mortes e levanta preocupações sobre a eficácia da resposta da empresa.
Autoridades reguladoras, incluindo a Aneel e a Arsesp, expressaram insatisfação com a mobilização da Enel em resposta ao desastre. Uma análise preliminar sugere que a empresa não mobilizou a quantidade esperada de funcionários para a recuperação dos serviços, levando a uma possível intimação que pode culminar na recomendação de rescisão do contrato da distribuidora. Desde 2018, a Enel São Paulo já acumula multas que totalizam aproximadamente 320 milhões de reais, refletindo a repetição de falhas em eventos climáticos extremos.
Em resposta à crise atual, a Enel anunciou planos para reforçar suas equipes, incluindo a contratação de 5 mil novos colaboradores até 2026 e a adição de 1.650 veículos à sua frota. Durante o apagão, a empresa contou com suporte de equipes de outras distribuidoras para atender à demanda. Contudo, a resposta das autoridades é crítica em relação à velocidade e capacidade da Enel de restabelecer os serviços, questionando a eficácia do plano de contingência apresentado pela empresa.