Neste sábado (26), as forças israelenses se retiraram do Hospital Kamal Adwan, localizado no norte de Gaza, um dia após invadi-lo. O Ministério da Saúde do enclave palestino relatou que, durante a ocupação, dezenas de funcionários médicos do sexo masculino e alguns pacientes foram detidos. A invasão, que ocorreu em meio a informações de inteligência sobre a presença de grupos armados na região, deixou a instalação hospitalar em uma situação crítica, com danos a vários edifícios conforme indicado por imagens divulgadas pelas autoridades de saúde.
Os médicos relataram que, dos 70 integrantes da equipe do hospital, pelo menos 44 foram detidos, embora 14 tenham sido posteriormente liberados. O ataque resultou na morte de duas crianças na unidade de terapia intensiva, em decorrência de um incêndio que atingiu geradores e a estação de oxigênio do hospital. A equipe médica se recusou a atender às ordens do Exército israelense para esvaziar a unidade, ressaltando que a segurança e a vida dos pacientes ainda internados estão em risco sem assistência médica e medicação.
Além disso, o ataque deixou três enfermeiras feridas e destruiu três veículos de ambulância. O Ministério da Saúde expressou preocupação com a situação dos pacientes, enfatizando que cerca de 600 pessoas estavam no hospital antes da invasão, incluindo acompanhantes. A comunidade médica local continua a lutar para operar sob condições adversas, enquanto as tensões na região permanecem elevadas.