O chefe das forças de paz da ONU no Líbano (Unifil) anunciou que os soldados da organização continuarão suas operações no território, mesmo após o pedido do primeiro-ministro de Israel para que se retirassem das áreas próximas à fronteira. Jean-Pierre Lacroix, responsável pela Unifil, reafirmou a decisão de manter todas as posições na região, destacando que a presença da missão é fundamental para a estabilidade da área, que foi marcada pela ocupação israelense por quase duas décadas até 2000.
O primeiro-ministro israelense expressou preocupações de que o Hezbollah estaria utilizando as instalações da Unifil como um escudo para realizar ataques contra Israel. Netanyahu negou que seu país estivesse mirando as forças de paz da ONU, mesmo diante de relatos de que o exército israelense teria atacado deliberadamente as instalações da Unifil, resultando em ferimentos a cinco soldados. Lacroix ressaltou que a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU determina que apenas as forças da Unifil e o exército libanês podem operar no sul do Líbano.
Apesar da tensão crescente entre Israel e o Hezbollah, Lacroix mencionou o apoio unânime dos membros do Conselho de Segurança à Unifil, o que foi considerado encorajador. A situação na região continua delicada, com um aumento nas hostilidades e um clima de incerteza quanto ao futuro da paz e da segurança nas fronteiras do Líbano com Israel. A permanência das forças de paz da ONU é vista como uma medida importante para a contenção de conflitos e para a proteção das comunidades locais.