O Fundo Monetário Internacional (FMI) não atualizou suas projeções econômicas para a Argentina, em meio a discussões sobre um novo programa de apoio ao país, liderado por um novo governo. A última previsão, divulgada em julho, indicava uma queda de 3,5% no Produto Interno Bruto (PIB) argentino para este ano, mas para 2025 a expectativa era de crescimento de 5%. O economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, ressaltou que as previsões permanecem inalteradas devido às negociações em curso entre as autoridades argentinas e o organismo internacional.
Gourinchas destacou, entretanto, os progressos na redução da inflação, que atualmente está em torno de 3,5% ao mês, uma queda significativa em relação aos 25% mensais registrados em dezembro do ano passado. Ele expressou otimismo sobre as medidas adotadas, acreditando que estas podem contribuir para a melhoria da economia argentina no futuro. No entanto, ele também observou que a atividade econômica experimentou uma contração substancial no primeiro semestre de 2024, e o caminho à frente apresenta desafios.
Apesar da incerteza nas projeções, o economista-chefe indicou sinais positivos de recuperação, como o aumento dos salários reais, a expansão do crédito privado e uma leve melhoria na atividade econômica. Ele concluiu que, embora não haja uma atualização imediata, o FMI continua a dialogar com as autoridades locais para encontrar a melhor estratégia a ser seguida para enfrentar os desafios econômicos do país.