O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para 3% a projeção de crescimento do Brasil em 2024, um aumento significativo em relação à previsão anterior de 2,1%. Essa revisão reflete um desempenho melhor do que o esperado, impulsionado por um consumo privado mais robusto, investimentos em alta e um mercado de trabalho favorável. No entanto, o FMI alertou que, devido à política monetária restritiva e a um possível esfriamento do mercado de trabalho, a expansão econômica pode desacelerar para 2,2% em 2025, abaixo da expectativa anterior de 2,4%.
Além disso, o FMI ajustou suas previsões de inflação para o Brasil, prevendo uma média de 4,3% em 2024 e 3,6% em 2025. Apesar dos resultados positivos no primeiro semestre de 2024, que mostraram uma expansão de 1,4% do PIB em relação ao trimestre anterior, as expectativas de crescimento são moderadas em função da redução dos estímulos fiscais e da alta taxa de juros, atualmente em 10,75%. Analistas esperam que a taxa básica Selic atinja 11,75% após as últimas reuniões do Banco Central.
No contexto da América Latina, a melhoria nas projeções para o Brasil compensou a redução da expectativa de crescimento do México, levando o FMI a aumentar a estimativa de crescimento para a região como um todo em 2024. No entanto, as previsões para 2025 foram ajustadas para baixo. O cenário econômico da região é influenciado por variáveis como políticas fiscais e a dinâmica do mercado de trabalho, que continuam a afetar as economias emergentes e em desenvolvimento, incluindo o Brasil.