A desorganização causada pela fiação de energia e telecomunicações em Palmas não apenas prejudica a estética da cidade, mas também representa um risco de acidentes. Recentemente, uma arara-canindé ficou presa em um emaranhado de fios, o que exigiu a intervenção de moradores para o resgate do animal. A situação expõe a preocupação dos cidadãos em relação à segurança ao caminhar pelas ruas, especialmente em áreas com fios quebrados e entrelaçados. Um florista local, Carlos Eurípides de Moura, expressou seu receio ao passar por esses locais, citando o perigo de eletricidade de alta tensão.
A Energisa, concessionária responsável pela energia na região, informou que os fios em questão pertencem a empresas de internet. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também ressaltou que a responsabilidade inicial sobre a fiação aérea recai sobre as empresas de energia. Em casos de acidentes ou riscos iminentes, moradores podem registrar denúncias junto a agências reguladoras ou até à Polícia Militar. Um advogado local sugeriu que ações legais podem ser tomadas em caso de danos causados por essa infraestrutura inadequada.
Para mitigar esses problemas, a implementação de fiação subterrânea é apontada como uma solução eficaz, embora seu uso ainda seja limitado no Brasil devido ao alto custo. Apenas 1% da rede elétrica brasileira utiliza essa técnica, ao contrário de cidades como Buenos Aires e Nova Iorque, onde é mais comum. Um síndico de condomínio em Palmas que adotou essa solução elogiou suas vantagens, como a proteção contra intempéries e a redução de riscos para a população.