O ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, destacou em evento recente que a situação das finanças públicas no Brasil impacta diretamente as taxas de juros no país, que permanecem em níveis elevados. Fraga enfatizou a importância da responsabilidade fiscal e a relação entre a dívida pública e as taxas de juros, afirmando que, enquanto as contas públicas não forem ajustadas, o Brasil enfrentará juros astronômicos, dificultando o pleno desenvolvimento econômico.
Durante sua participação no evento em São Paulo, o economista criticou a qualidade das despesas públicas, questionando as prioridades orçamentárias e apontando o peso significativo dos gastos com previdência e folha de pagamentos. Ele argumentou que a situação atual limita o crescimento do Brasil, que há mais de quatro décadas não alcança seu potencial econômico máximo.
Fraga também mencionou que a taxa Selic real, descontando a inflação, atingiu 7,33% em setembro de 2024, um nível considerado alto para o desenvolvimento econômico. A análise do ex-banqueiro central sugere que é crucial para o Brasil aprender com seus erros passados para superar esses desafios e promover um ambiente econômico mais favorável.