A área de filantropia do G20, representada por grupos da sociedade civil, entregará ao Palácio do Planalto um comunicado com as deliberações de sua reunião, na expectativa de que pontos relevantes sejam incorporados na declaração de líderes em novembro. O secretário-geral do Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife) enfatiza a importância de discutir a filantropia como um elemento crucial para promover um desenvolvimento sustentável, especialmente no contexto da presidência brasileira do G20, onde a questão ambiental é um dos pilares.
Além disso, a realização do G20 Social, um evento inédito que ocorrerá no Rio de Janeiro, é vista como uma oportunidade para integrar movimentos e grupos que normalmente não participam das discussões técnicas. A relevância da filantropia tem aumentado nas discussões sobre a alocação de recursos, com a ideia de que os governos reconheçam as organizações filantrópicas como fontes adicionais de financiamento para modelos de desenvolvimento. O secretário-geral do Gife defende que a filantropia, embora não resolva problemas sociais complexos como a fome, representa um recurso bem-vindo e importante para enfrentar a extrema pobreza.
Por fim, a aproximação do Gife com representantes da filantropia na África do Sul, futuro anfitrião do G20, demonstra um esforço para que essa abordagem se espalhe entre os países membros. Com a expectativa de que a próxima cúpula de líderes considere as recomendações do setor filantrópico, o G20 busca não apenas discutir políticas públicas, mas também ampliar a inclusão de diversos grupos nas tomadas de decisão, promovendo um diálogo mais aberto e acessível sobre os desafios globais.