A utilização de ferramentas de inteligência artificial, como o ChatGPT, pode ser benéfica para alunos que buscam revisar conteúdos e resumir informações, especialmente em disciplinas como biologia e matemática. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de um uso crítico e consciente, evitando o apelo ao senso comum e informações sem fundamentação teórica. Segundo o professor Luis Felipe Valle, a ferramenta não possui um filtro crítico para discernir a veracidade das informações, o que pode resultar na reprodução de preconceitos e dados enganosos, principalmente em áreas mais subjetivas e contemporâneas.
Para um uso eficaz do ChatGPT, é fundamental formular perguntas específicas e embasadas teoricamente. Questões genéricas tendem a gerar respostas superficiais, enquanto perguntas mais direcionadas, que considerem referências científicas, aumentam as chances de obter informações precisas e relevantes. Exemplos de perguntas bem elaboradas incluem solicitações sobre teorias específicas ou dados estatísticos, o que pode enriquecer o aprendizado e melhorar o desempenho em vestibulares.
Apesar das potencialidades da inteligência artificial, os educadores enfatizam que ela não deve substituir o aprendizado tradicional, como aulas e interações humanas. O desenvolvimento do pensamento crítico é essencial, especialmente em vestibulares que demandam análise e reflexão. Assim, a tecnologia deve ser vista como uma ferramenta auxiliar, mas não como um substituto das nuances e complexidades do conhecimento humano e da educação.