O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou a ausência de um projeto de futuro na esquerda brasileira como um dos fatores que favorecem o crescimento da extrema direita no país. Em uma entrevista, Haddad enfatizou que, na ausência de um sonho ou horizonte utópico, as pessoas tendem a se apegar a visões distópicas, que são representadas por movimentos de extrema direita. Ele destacou que a popularidade de figuras extremistas é resultado do contexto histórico atual e da influência das redes sociais, comparando essa situação ao surgimento do rádio no passado.
Em relação às eleições paulistanas, Haddad expressou otimismo, considerando o desempenho do partido nas eleições de 2022, onde o presidente e ele próprio foram vitoriosos. No entanto, ele também reconheceu as dificuldades enfrentadas pelo PT e a gestão do atual prefeito, citando fatores como o alto déficit administrativo e a renegociação da dívida realizada em sua gestão anterior. Haddad elogiou a postura de deputados e candidatos que têm apoiado o partido, indicando um clima de colaboração.
Por fim, ao discutir o futuro do PT e as eleições presidenciais de 2026, Haddad abordou a liderança de Lula e a necessidade de renovação na esquerda. Ele mencionou a possibilidade de Lula buscar a reeleição, mas também destacou que a política é imprevisível e pode apresentar desafios para todos os campos, incluindo o liberal. O ministro ressaltou a importância de se preparar novos candidatos para a sucessão e observou que, mesmo diante das dificuldades, há uma dinâmica política em evolução que afeta todos os partidos.