Em 2024, Mato Grosso do Sul registrou 24 casos de feminicídio, com um total de 30 mulheres vítimas deste crime até o momento. O mais recente caso foi confirmado pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, envolvendo uma mulher de 33 anos, morta por seu companheiro, que alegou que o disparo foi acidental. As declarações da polícia destacam que não se trata de um ato casual, e o autor do crime foi preso, enfrentando acusações de feminicídio.
Os dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública revelam que a maioria dos casos de feminicídio ocorreu em Campo Grande e no interior do estado. Mato Grosso do Sul apresenta a maior taxa de feminicídios consumados e tentados por 100 mil mulheres no Brasil, com um índice de 2 vítimas, superando a média nacional de 1,03. A recente atualização da Lei do Feminicídio, sancionada em 10 de outubro de 2024, estabelece penas mais severas, aumentando a reclusão para crimes desta natureza.
Além dos aspectos legais, a questão do feminicídio no estado reflete uma profunda questão cultural que requer mais do que penas severas. Especialistas afirmam que é essencial investir em projetos de conscientização e apoio psicológico, especialmente para as crianças que ficam órfãs após esses crimes, uma vez que mais de 2 mil crianças já foram impactadas. A necessidade de políticas públicas eficazes para amparar esses jovens e garantir sua saúde mental é uma das principais preocupações apontadas por profissionais da área.