A analista de economia Thais Herédia alertou sobre a ausência de transparência na execução do orçamento federal brasileiro, destacando que uma parte significativa dos recursos destina-se a finalidades desconhecidas, o que compromete a gestão pública e o controle social. Segundo Herédia, cerca de 40% do orçamento da saúde já está sob a supervisão do Congresso Nacional, um aumento considerável em relação aos períodos anteriores, o que levanta preocupações sobre a coordenação das políticas públicas e a alocação eficiente dos recursos.
A especialista enfatizou que a dispersão dos fundos na saúde pode prejudicar a qualidade dos serviços oferecidos à população, uma vez que a área demanda uma gestão rigorosa e conectada às necessidades reais da sociedade. Ela ponderou que, apesar dos esforços do governo para direcionar os investimentos, a indefinição sobre a eficácia das decisões e a falta de clareza em quem deverá julgar essas escolhas persistem como grandes desafios.
Por fim, Herédia fez um chamado à sociedade brasileira e ao Congresso Nacional, enfatizando a urgência de ações para evitar a perda de controle sobre uma parcela significativa do orçamento. A analista ressaltou que, se não forem tratadas adequadamente, essas questões podem impactar negativamente a qualidade das políticas públicas em todo o país, reiterando a necessidade de uma gestão mais transparente e eficiente dos recursos públicos.