A escassez de papel higiênico nas lojas dos Estados Unidos, relatada nas redes sociais, gerou comparações com a era da pandemia, embora não seja diretamente causada pela greve nos portos que começou em 2 de outubro. O aumento nas compras em pânico está levando consumidores a esgotar prateleiras de estabelecimentos como Walmart, Costco e Target, mas a maioria da produção de papel higiênico nos EUA provém de fábricas locais. Assim, a greve, que afeta principalmente a importação de produtos perecíveis, como bananas, não deve impactar significativamente a oferta de papel higiênico.
Embora a American Forest and Paper Association tenha expressado preocupação com as exportações e o potencial impacto sobre seus membros, a realidade é que mais de 90% do papel higiênico é fabricado internamente. Os especialistas destacam que o comportamento de estocagem atual reflete uma memória coletiva de escassez e limitações de compra que marcaram 2020, levando a um aumento na demanda, mesmo sem uma real necessidade de se preocupar com o fornecimento desse produto específico.
Além do papel higiênico, a greve nos portos pode impactar a disponibilidade de produtos perecíveis, especialmente as bananas, cuja importação é altamente dependente dos portos em greve. Essas frutas têm um prazo de validade curto e não podem ser estocadas em grandes volumes, diferentemente do papel higiênico, que tem uma durabilidade maior e pode ser acumulado. Assim, a atual onda de pânico pode ser vista mais como uma resposta emocional do que uma consequência direta da greve.