Nesta terça-feira (15), a Coreia do Norte detonou trechos de estradas e ferrovias em sua fronteira com a Coreia do Sul, segundo informações do exército sul-coreano. As explosões, que ocorreram por volta do meio-dia no horário local, levaram o exército da Coreia do Sul a disparar tiros de advertência, embora não tenham causado danos em seu território. A ação é parte de um contexto de crescente tensão entre os dois países, intensificada por promessas do governo norte-coreano de reforçar suas defesas e cortar as conexões entre as nações.
As tensões entre as Coreias aumentaram após a Coreia do Norte acusar a do Sul de enviar drones sobre sua capital, Pyongyang. Os norte-coreanos afirmaram que esses drones distribuíram panfletos anti-Norte, caracterizando a ação como uma provocação que poderia resultar em um conflito armado. Em resposta, o líder norte-coreano convocou uma reunião com oficiais de defesa e segurança para discutir estratégias de resposta às ações consideradas como violações de sua soberania.
Historicamente, as duas Coreias continuam tecnicamente em guerra, já que a Guerra da Coreia, que ocorreu entre 1950 e 1953, resultou em um armistício, não em um tratado de paz. A escalada atual nas hostilidades marca um retrocesso em relação a períodos de aproximação, como a cúpula de 2018, quando líderes de ambos os países prometeram trabalhar por um futuro de paz e cooperação. As ações recentes sugerem um endurecimento nas relações, aumentando a vigilância e prontidão militar na região.