Nesta terça-feira, 15, a Coreia do Norte realizou a explosão de estradas não utilizadas que ligavam o país à Coreia do Sul, em uma demonstração simbólica de descontentamento. O ato foi motivado por acusações de que drones sul-coreanos sobrevoaram a capital norte-coreana, Pyongyang. O líder norte-coreano, Kim Jong Un, anunciou sua intenção de romper relações com o Sul, abandonando o objetivo de uma unificação pacífica. O Ministério da Unificação da Coreia do Sul criticou as detonações como uma ação anormal e uma violação de acordos intercoreanos anteriores.
Analistas acreditam que, apesar das tensões, um ataque preventivo em grande escala por parte da Coreia do Norte é improvável devido ao temor de retaliações severas por parte das forças sul-coreanas e dos Estados Unidos. Historicamente, a Coreia do Norte tem utilizado explosões simbólicas para transmitir mensagens políticas, como a demolição de edifícios e estruturas significativas em resposta a eventos políticos e diplomáticos. As recentes destruições de estradas, construídas com financiamento sul-coreano, parecem alinhar-se com a nova estratégia de Kim de classificar a Coreia do Sul como um inimigo.
Especialistas apontam que Kim Jong Un pode estar buscando diminuir a influência da Coreia do Sul nas negociações nucleares e fortalecer o regime dinástico em seu país. A Coreia do Norte também acusou o Sul de enviar drones para distribuir panfletos de propaganda, ameaçando represálias caso isso ocorra novamente. O governo sul-coreano, por sua vez, advertiu que a segurança de seus cidadãos é prioridade e que a continuidade do regime norte-coreano poderia ser ameaçada se essa segurança fosse comprometida.