Um laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo confirmou que um incêndio em um apartamento em Campinas foi iniciado por explosões dentro de um cômodo-cofre onde armas e munições eram armazenadas. A perícia identificou vestígios de pólvora e disparos de munições, além de evidenciar que as explosões colocaram em risco a vida dos moradores do prédio, obrigando a evacuação de 44 pessoas. O militar envolvido, que possuía licença para manter um número limitado de armas, é investigado pela Polícia Civil e pelo Exército por possíveis excessos no armamento.
Os advogados de defesa argumentam que a ignição das explosões pode ter sido causada por combustão espontânea da pólvora envelhecida, afastando a possibilidade de ação criminosa. Apesar da conclusão do laudo pericial, a investigação ainda não determinou a causa exata das explosões. O caso continua sendo analisado pelas autoridades, que aguardam laudos complementares para confirmar o número total de armas encontradas no local, que pode ser maior do que o permitido.
O militar, um coronel reformado, é um instrutor de tiro e um dos responsáveis por um clube de tiro. A Polícia Civil verificou que, após o incêndio, foram encontradas 112 armas e carcaças no apartamento, um número que ainda precisa ser validado por perícia. O incidente levanta questões sobre a segurança no armazenamento de armamentos e as regulamentações pertinentes ao uso de armamentos civis no Brasil.