A curiosidade sobre a vastidão do universo e a possibilidade de vida em outros planetas sempre intrigou a humanidade. Apesar de os cientistas terem conseguido mapear apenas cerca de 5% do cosmos, a astrofísica Larissa Santos, professora de Cosmologia na Universidade Yangzhou, na China, dedica-se ao estudo da Radiação Cósmica de Fundo, que remonta ao universo primitivo. Ela explica que, à medida que o universo se expandiu e resfriou, os primeiros átomos de hidrogênio se formaram, permitindo que a radiação viajasse livremente, e essa radiação é fundamental para entender as origens do universo.
Larissa ressalta que a evolução da ciência é contínua, e mesmo os caminhos que não levam a resultados esperados podem resultar em descobertas significativas. Ela menciona Albert Einstein, que, mesmo com equações indicando a expansão do universo, acreditou em um cosmos estático e introduziu uma constante para manter essa visão. A posterior confirmação observacional da expansão do universo fez com que Einstein reconsiderasse sua posição, ressaltando a complexidade e o dinamismo da pesquisa científica.
A astrofísica também discute os mistérios da energia escura, que compõe cerca de 70% do universo, e da matéria escura, que juntas formam a maior parte do cosmos, enquanto a matéria bariônica é responsável apenas pelos objetos conhecidos. Quanto à possibilidade de vida fora da Terra, Larissa destaca que ainda não há evidências concretas, mas a descoberta de água em luas de Saturno e Júpiter, além de Marte, alimenta a esperança de que micro-organismos possam existir em outros lugares, indicando que a busca por vida extraterrestre continua a ser uma das maiores questões da ciência.