Durante a missão Polaris Dawn da SpaceX, a tripulação enfrentou uma série de desafios físicos, incluindo a síndrome de adaptação espacial, que afeta uma grande porcentagem de viajantes orbitais. Scott Kidd Poteet, um dos membros, relatou uma deterioração de sua acuidade visual nos primeiros dias da viagem, enquanto Anna Menon, engenheira e oficial médica da missão, experimentou sintomas variados como tontura e náusea. A NASA já estudava essas condições há décadas, mas a missão privada buscou aprofundar a pesquisa sobre os efeitos do voo espacial em humanos, utilizando experimentos focados na saúde, como exames de ressonância magnética e lentes de contato especiais.
Os dados coletados durante a missão são significativos, pois visam entender melhor como o corpo humano se adapta ao espaço. A equipe executou 36 experimentos em colaboração com 31 instituições, visando não apenas mitigar os efeitos da adaptação espacial, mas também preparar o caminho para futuras missões que poderiam envolver um número maior de civis no espaço. A coleta de informações sobre como medicamentos são processados em órbita também é parte crucial dessa pesquisa, uma vez que a compreensão dessas dinâmicas é vital para garantir a saúde dos astronautas em missões longas.
Além de explorar os desafios físicos, a missão também gerou insights sobre mudanças cerebrais associadas ao voo espacial, como o deslocamento do cérebro e o aumento das cavidades ventriculares. Apesar das dificuldades, a tripulação expressou um otimismo em relação à importância da pesquisa em andamento, ressaltando que compreender as reações do corpo humano no espaço é essencial para a viabilidade de futuras colonizações em Marte e outras missões interplanetárias.