As projeções para o mercado de saúde no Brasil indicam um cenário otimista, com um potencial de mercado total endereçado (TAM) estimado em R$ 485 bilhões e um crescimento anual composto (CAGR) de 6,5% nos próximos dez anos, conforme um relatório do UBS BB. A Rede D’Or (RDOR3) e a Hapvida (HAPV3) estão posicionadas como as principais apostas do banco, com preços-alvo de R$ 38 e R$ 5,50, respectivamente. A Rede D’Or se destaca por sua capacidade de gerenciamento na indústria hospitalar e uma recente parceria com o Bradesco, enquanto a Hapvida se beneficia de uma estrutura de custos controlada e uma abordagem competitiva de precificação.
Por outro lado, empresas como Fleury (FLRY3), Odontoprev (ODPV3) e Oncoclinicas (ONCO3) enfrentam desafios significativos. A Fleury deve focar na integração de sinergias com a Pardini para manter suas margens de lucro, enquanto a Odontoprev pode ter crescimento limitado em comparação com seus concorrentes. A Oncoclinicas, por sua vez, deve apresentar um crescimento moderado até 2028, com perspectivas desafiadoras. O relatório enfatiza que o setor de saúde está lidando com problemas como regulação excessiva e litígios, que restringem a rentabilidade das empresas.
A análise do UBS BB também sugere que o aumento da conscientização sobre saúde e inovações médicas pós-pandemia poderão impulsionar o gasto por beneficiário. Para melhorar sua competitividade, é destacada a necessidade de consolidação e parcerias entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços. Modelos de negócios verticalmente integrados, como o da Hapvida, mostram-se mais resilientes, colocando essas empresas em uma posição favorável no mercado de saúde.