O crescimento nas pesquisas de Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, gerou preocupações entre líderes financeiros durante as recentes reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Especialistas temem que um possível retorno de Trump ao poder, após as eleições presidenciais de novembro, possa impactar negativamente o sistema financeiro global, com o aumento de tarifas, emissão de dívidas e retrocessos nas iniciativas de combate à mudança climática. Essas questões dominaram as discussões entre autoridades financeiras e banqueiros centrais, evidenciando a incerteza em relação ao futuro político e econômico.
Analistas financeiros observam que as propostas de Trump incluem a imposição de tarifas sobre importações, o que poderia desencadear retaliações e complicar as cadeias de suprimentos globais. Suas promessas de cortes de impostos, se implementadas, poderiam resultar em um acréscimo significativo na dívida pública dos Estados Unidos, enquanto as propostas da vice-presidente Kamala Harris são vistas como uma continuidade das políticas da administração atual, com menores implicações de endividamento. As autoridades financeiras consideram que a vitória de Harris promoveria uma abordagem mais cooperativa em questões econômicas e climáticas.
Os mercados financeiros estão respondendo positivamente à possibilidade de uma vitória de Trump, com um aumento significativo no valor do dólar e impactos sobre as taxas de juros em economias sensíveis. O FMI, por sua vez, alertou sobre a necessidade de os países lidarem com as dívidas resultantes da pandemia para evitar um futuro de baixo crescimento econômico. A diretora-gerente do FMI enfatizou que as discussões se concentraram em como enfrentar os desafios econômicos atuais, sem deixar de considerar o impacto das eleições norte-americanas nas dinâmicas globais.