Os mercados de ações da China estão se preparando para uma sessão volátil nesta segunda-feira (14), impulsionados pelas recentes promessas do governo para estimular a economia. Após uma série de cortes de taxas e anúncios que elevaram as expectativas de um esforço significativo de resgate, os principais índices enfrentam incertezas sobre a eficácia das medidas anunciadas. O ministro das Finanças, em uma coletiva, reiterou o compromisso de aumentar a dívida do governo, mas os investidores expressaram descontentamento pela falta de detalhes concretos sobre a implementação das políticas.
Apesar de um aumento de 12% no índice Shanghai Composite desde o anúncio das medidas de apoio econômico, as ações dos setores imobiliário e de turismo estão enfrentando dificuldades, refletindo a desconfiança sobre o impacto real do auxílio estatal. Enquanto o Goldman Sachs projeta um leve crescimento para o PIB em 2025, a cautela persiste entre os investidores de varejo, que dominam o volume de negócios nos mercados locais. O ambiente permanece tenso, com a expectativa de que as vendas de veículos, que apresentaram um aumento de 4,3% em setembro, possam não ser suficientes para compensar a fraqueza em outros setores da economia.
Além disso, os mercados globais de commodities e moedas, como o dólar australiano e o yuan chinês, estão se mostrando voláteis, respondendo às condições econômicas da China. A divulgação de dados econômicos, como o PIB, que se espera fracos, está aumentando a pressão sobre o governo de Pequim para agir rapidamente e reanimar a demanda. A falta de medidas fiscais decisivas para combater os riscos à economia chinesa é um fator preocupante, gerando incertezas sobre a recuperação econômica no curto prazo.