A equipe do presidente Lula está confiante na aprovação, ainda nesta terça-feira (08), de Gabriel Galípolo para presidir o Banco Central, substituindo Roberto Campos Neto. Apesar da mudança na presidência, a estratégia do Comitê de Política Monetária (Copom) permanecerá inalterada neste ano, prevendo novos aumentos na taxa Selic nas próximas reuniões. Lula espera que Galípolo, ao assumir em janeiro de 2025, consiga estabelecer as condições necessárias para a redução da taxa de juros no primeiro semestre de 2025.
A expectativa do mercado é de que a Selic, atualmente em 10,75%, possa alcançar até 12% ao ano, com altas esperadas nas últimas reuniões de 2024 e nas primeiras de 2025. Após a possível aprovação de Galípolo, o governo espera que o Banco Central comece a implementar cortes na taxa de juros no final do primeiro semestre de 2025. Contudo, essa redução dependerá de melhorias na área fiscal e da aprovação de reformas econômicas no Congresso, como a reforma tributária.
O governo Lula expressa preocupação com a possibilidade de não concluir a votação da reforma tributária neste ano. Para acelerar a regulamentação, líderes do governo planejam se reunir com o relator da proposta, senador Eduardo Braga, buscando votar o projeto até novembro para garantir sua aprovação na Câmara dos Deputados. Além disso, o Ministério da Fazenda pretende negociar alterações no texto da reforma, visando que a alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) permaneça abaixo de 27%.