O Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, aprovou em 2023 a inclusão de seis novos países e discute a criação de uma nova categoria de parceiros. Especialistas afirmam que essa ampliação fortalece a influência geopolítica da Rússia e da China, enquanto o núcleo original do Brics continua a deter o poder central no grupo. A perspectiva é que as novas adesões não alterem significativamente a dinâmica interna do Brics, mas sim sirvam para aumentar sua visibilidade e presença no cenário global, semelhante ao que ocorre com o G7.
Os analistas divergem quanto aos efeitos econômicos da expansão. Para alguns, a entrada de novos membros poderia ajudar a diversificar as relações comerciais do Brasil, reduzindo sua dependência do mercado americano e promovendo estabilidade nas exportações. Contudo, outros argumentam que essa heterogeneidade pode dificultar a coordenação de interesses variados, tornando a união menos eficaz. Além disso, a entrada de novos países pode não trazer vantagens econômicas concretas para o Brasil neste momento.
Em relação à governança global, o Brasil assumirá a presidência do Brics em 2025, com foco em temas como combate à fome e reforma do Conselho de Segurança da ONU. Entretanto, especialistas alertam que, sem o apoio dos países com assento permanente no conselho, a efetividade dessas discussões é questionável. A falta de consenso entre os membros do Brics sobre temas chave, como a reforma do conselho, reflete as complexidades e desafios da cooperação internacional na atualidade.