O Kremlin expressou preocupações sobre o exercício nuclear anual da Otan, intitulado Steadfast Noon, que começou em 14 de outubro e envolve aeronaves com capacidade nuclear. Segundo o porta-voz Dmitry Peskov, tais manobras contribuem para a escalada das tensões em meio ao conflito em curso na Ucrânia. O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, defendeu o exercício como uma demonstração de dissuasão, especialmente em um momento de retórica nuclear intensa por parte do governo russo.
Peskov destacou a dificuldade de manter diálogos sobre segurança nuclear com os Estados Unidos, considerando o envolvimento de potências nucleares no conflito. Ele afirmou que negociações sobre segurança devem abordar um escopo mais amplo, dada a complexidade da situação atual. O presidente dos EUA, Joe Biden, reiterou a disposição para negociações com a Rússia e outras nações, sem pré-condições, visando reduzir a ameaça nuclear.
O porta-voz russo refutou declarações de autoridades que afirmam que a Rússia representa uma ameaça para a Otan, enfatizando que a infraestrutura militar russa não se move em direção à aliança ocidental. Peskov argumentou que essa percepção é equivocada e contradiz a história das relações entre a Rússia e a Otan, ressaltando a necessidade de uma abordagem abrangente para a segurança na atual conjuntura global.