A ex-primeira-dama apresentou um recurso nesta terça-feira contra a rejeição de sua queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal, onde acusava uma deputada de calúnia e difamação. A parlamentar em questão teria insinuado que a ex-primeira-dama estava envolvida no desaparecimento de um cachorro que pertencia a outra família, uma acusação que foi desmentida pela defesa de Michelle. O ministro Luiz Fux acompanhou a decisão da Procuradoria-Geral da República, que considerou que as declarações da deputada estavam protegidas pela imunidade parlamentar.
O conflito remonta a um episódio de 2020, quando um cachorro foi encontrado nos fundos do Palácio do Planalto e posteriormente associado à família Bolsonaro. Embora Michelle tenha manifestado interesse em cuidar do animal, foi revelado que o cachorro tinha um dono, ao qual foi devolvido. A defesa de Michelle argumentou que a situação foi esclarecida e criticou a deputada por usar o caso para insinuar má-fé.
A decisão de Fux foi pautada pelo entendimento de que as declarações da deputada tinham um caráter político, alinhadas à sua atuação como representante da oposição. No recurso, a defesa da ex-primeira-dama solicita que a decisão seja reconsiderada e, caso isso não seja viável, que a questão seja levada à Primeira Turma do STF.