O ex-presidente do Peru foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão por aceitar subornos de uma empreiteira brasileira. Essa sentença marca a primeira condenação significativa relacionada ao escândalo de corrupção que envolveu diversas administrações na América Latina. Durante seu governo, entre 2001 e 2006, ele recebeu 35 milhões de dólares em propinas em troca da concessão de uma licença para a construção de uma estrada que conecta a costa sul do Peru a áreas na Amazônia.
Apesar de negar as acusações e pedir para cumprir a pena em casa devido a problemas de saúde, o tribunal decidiu pela prisão. Ele está detido desde abril de 2023, após ser extraditado dos Estados Unidos, e a sentença foi anunciada em uma prisão em Lima, especialmente construída para ex-presidentes. A condenação se insere em um contexto mais amplo de investigações de corrupção que afetam vários ex-presidentes peruanos, evidenciando a extensão do escândalo.
As repercussões do caso continuam a impactar a política peruana, com outros ex-presidentes sob investigação e julgamentos em andamento. Os escândalos associados à empreiteira não apenas revelam a profundidade da corrupção na política local, mas também provocam discussões sobre a necessidade de reformas e maior transparência no governo. O ex-presidente atual, investigado por rebelião, e outros ex-líderes políticos têm suas trajetórias manchadas por essas alegações, indicando um cenário desafiador para a política no Peru.