O ex-presidente do Peru foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão por ter aceitado propina de uma importante construtora brasileira. A sentença, que é a primeira de alto perfil relacionada ao escândalo de corrupção da operação Lava Jato no país, ocorre em um contexto de investigações que envolvem diversos ex-mandatários peruanos. O ex-presidente negou as acusações, alegando inocência durante o julgamento e solicitou a possibilidade de cumprir a pena em casa devido a problemas de saúde.
As investigações revelaram que o ex-presidente recebeu US$ 35 milhões em subornos para facilitar a obtenção de licenças para a construção de uma estrada que conecta o sul do Peru à Amazônia brasileira. Ele estava preso preventivamente desde abril de 2023, após ser extraditado dos Estados Unidos, e a condenação foi proferida em uma pequena prisão em Lima, destinada a ex-presidentes.
Esse caso destaca um padrão de corrupção que permeia a política peruana, com vários ex-presidentes enfrentando investigações e processos judiciais relacionados a irregularidades semelhantes. A repercussão do escândalo da Odebrecht se estende por diversos países da América Latina, afetando a confiança pública nas instituições políticas e gerando um clima de instabilidade no cenário político regional.