O ex-presidente do Peru foi condenado a 20 anos e seis meses de prisão por envolvimento em um esquema de corrupção ligado a contratos de construção durante seu governo, que ocorreu entre 2001 e 2006. A Justiça peruana considerou que ele recebeu propinas da construtora Odebrecht, totalizando US$ 35 milhões, em troca de um contrato para a construção de uma estrada que conecta o litoral sul do Peru a áreas na Amazônia brasileira. A sentença foi proferida em uma audiência na qual o ex-mandatário compareceu.
O caso, que se arrastou por um ano em tribunal, destacou as alegações de lavagem de dinheiro e conluio, que foram negadas pelo ex-presidente. A Odebrecht, agora denominada Novonor, é uma das empresas mais implicadas em escândalos de corrupção na América Latina, tendo admitido subornos a autoridades em diversos países para garantir contratos públicos. Este episódio faz parte de um contexto maior de corrupção que abalou a política regional.
Recentemente, o ex-presidente solicitou à Suprema Corte a possibilidade de cumprir a pena em regime domiciliar, alegando questões de saúde, uma vez que está em tratamento contra câncer. A decisão da Justiça, porém, reflete a gravidade das acusações e a crescente luta contra a corrupção na política peruana e latino-americana.