A ex-prefeita de Ivoti foi condenada a 11 anos e três meses de prisão por envolvimento em um esquema de fraudes no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo informações do Ministério Público do Rio Grande do Sul. A condenação ocorreu em um contexto onde outras duas mulheres, uma correligionária e uma vereadora eleita, também foram sentenciadas a 14 anos e quatro meses de reclusão, ambas pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas de informação. As penas deverão ser cumpridas em regime fechado e incluem multas.
As investigações, parte da Operação F5, revelaram que entre abril de 2013 e novembro de 2015, o esquema tinha como objetivo facilitar atendimentos no SUS em troca de vantagens políticas nas eleições municipais. Os denunciantes afirmam que a ex-prefeita e uma funcionária da saúde inseriam pacientes de Ivoti na fila de atendimento de Taquara, utilizando informações falsas nos sistemas de agendamento. Isso gerou um grave desvio de recursos e beneficiou alguns em detrimento de outros que aguardavam por atendimento.
A ex-prefeita teve seu mandato cassado em 2017, após ser acusada de abuso de poder econômico e político. Investigações adicionais confirmaram a existência de fraudes, onde muitos pacientes que esperavam longos períodos para exames eram preteridos em favor de outros que conseguiam atendimento de maneira irregular e rápida. A situação levanta preocupações sobre a integridade do sistema de saúde e a responsabilidade dos gestores públicos em garantir a equidade nos serviços prestados à população.