O ex-ministro do governo anterior prestou depoimento à Polícia Federal nesta quarta-feira (2), em Brasília, como parte da investigação sobre a suposta criação de uma estrutura no Palácio do Planalto para monitorar adversários políticos. Durante o interrogatório de 45 minutos, o general respondeu a perguntas sobre o papel de um vereador, também investigado, no que se refere a essa estrutura, embora as informações detalhadas do questionário permaneçam em sigilo.
A expectativa da Polícia Federal é que, ao longo do mês, outros depoimentos ajudem a reunir os elementos necessários para concluir a investigação. O foco recai sobre alegações de monitoramento ilegal realizado por servidores da Agência Brasileira de Inteligência, que envolvem a atuação de uma empresa israelense vinculada ao filho do ex-ministro. Este último também foi ouvido no mesmo dia e negou qualquer irregularidade em sua atuação.
Essa investigação, que já abrange diversos depoimentos, reflete as tensões políticas em curso e as tentativas de esclarecer possíveis abusos de poder durante a administração anterior. O desfecho do caso poderá trazer à tona mais detalhes sobre práticas administrativas e a utilização de recursos de inteligência no governo.