O ex-delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal, sendo um dos réus acusados de envolvimento no assassinato de uma vereadora e seu motorista. Preso em uma penitenciária federal, ele se tornou o terceiro réu a ser ouvido, seguindo os depoimentos de outros envolvidos. Durante sua declaração, o ex-delegado negou qualquer ligação com o crime e expressou gratidão pela vereadora, ressaltando que nunca se envolveria em ações violentas.
A investigação, conduzida pela Polícia Federal, apontou que a Polícia Civil, sob o comando do ex-delegado, teria obstruído o processo investigativo, prejudicando a coleta de evidências cruciais. Acusações incluem negligência na análise de imagens de câmeras de segurança e no tratamento de provas relacionadas aos suspeitos. Os réus, que estão detidos desde março, são acusados de serem os mandantes do crime, supostamente motivado por disputas imobiliárias em áreas controladas por milícias.
O inquérito revela que os irmãos de um dos acusados foram identificados como os principais autores intelectuais do crime, enquanto o ex-delegado teria planejado a execução de maneira meticulosa. Após o assassinato, ele se posicionou como figura de apoio às famílias das vítimas, prometendo empenho na resolução do caso. Todos os envolvidos, no entanto, negam participação nos assassinatos, afirmando não ter qualquer relação com as atividades ilícitas em questão.