O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para depor pela segunda vez em um processo relacionado ao assassinato de uma vereadora e seu motorista, ocorrido em 2018. Durante seu depoimento, o ex-delegado expressou sua indignação e humilhação ao usar algemas nos pés enquanto estava preso em um presídio federal. Ele afirmou estar detido há sete meses, sem contato com outros presos, e refletiu sobre os momentos que antecederam sua prisão, incluindo uma oração feita com sua família.
Barbosa também criticou a abordagem dos policiais federais durante sua detenção, destacando a falta de respeito e sensibilidade em relação à sua esposa. Ele relatou que a policial não respeitou a privacidade de sua mulher durante a busca e apreensão, e descreveu a situação como uma falta de empatia. Além disso, o ex-chefe da polícia negou qualquer envolvimento com outros réus do caso, que incluem alegações de planejamento e obstrução da investigação do assassinato.
A investigação da Polícia Federal sugere que o crime está ligado a interesses políticos e questões fundiárias, com os acusados supostamente envolvidos em uma organização criminosa. As evidências indicam que o ex-chefe da Polícia Civil teria planejado meticulosamente o crime e tentado dificultar a apuração inicial do caso. Todos os réus enfrentam acusações de homicídio e estão sob custódia judicial.