O recente ataque dos Estados Unidos às instalações subterrâneas dos Houthis no Iêmen, utilizando os bombardeiros furtivos B-2, revela uma estratégia de demonstração de força em meio a tensões crescentes na região. Com apenas 19 unidades deste sofisticado sistema de armas, a escolha de empregá-los contra um grupo com recursos militares limitados sugere um objetivo mais amplo: enviar uma mensagem clara a Teerã. O Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, destacou a capacidade do país de atingir alvos profundamente enterrados, insinuando que a mensagem não se limita apenas aos Houthis, mas também ao Irã e suas instalações militares.
As consequências do ataque já estão sendo sentidas, com os Houthis prometendo retaliação e afirmando que os Estados Unidos pagarão pelo que consideram agressão. O grupo, que tem um histórico de ataques a navios no Mar Vermelho, vê suas ações como uma resposta direta à situação em Gaza e à participação dos EUA no conflito. A aliança entre Hamas, Hezbollah e os Houthis, todos apoiados pelo Irã, fortalece a narrativa de uma resposta coordenada contra os aliados dos Estados Unidos na região, especialmente Israel.
A operação com os B-2, que não ocorria desde 2017, levanta questionamentos sobre a disposição dos EUA em intervir de maneira significativa em conflitos que envolvem seus aliados e opositores. Enquanto a comunidade internacional aguarda as possíveis retaliações de Israel contra os ataques do Irã, os Estados Unidos parecem dispostos a agir de forma contundente para proteger seus interesses e parceiros, destacando a complexidade e a volatilidade da situação no Oriente Médio.