A administração Biden enviou uma carta ao governo de Israel, solicitando que a coalizão liderada por Benjamin Netanyahu tome medidas concretas para melhorar a situação humanitária em Gaza nos próximos 30 dias. O aviso, assinado pelo Secretário de Estado e pelo Secretário de Defesa dos EUA, destaca preocupações profundas sobre a crise humanitária e menciona que a assistência militar dos EUA pode estar em risco se não houver melhorias significativas. Desde a primavera, a ajuda enviada a Gaza diminuiu em mais de 50%, e a situação se agrava com a intensificação das operações militares israelenses na região.
Os Estados Unidos exigem que Israel permita a entrada de pelo menos 350 caminhões de ajuda humanitária por dia e implemente pausas humanitárias para facilitar a vacinação e a distribuição de assistência nos próximos meses. Além disso, é solicitado que Israel permita que os cidadãos da zona humanitária de Al-Mawasi se desloquem antes do inverno e que garanta o funcionamento eficaz dos corredores humanitários da Jordânia. A carta também propõe a criação de um novo canal de comunicação entre os governos dos EUA e de Israel para discutir questões relacionadas a danos civis.
Em resposta ao apelo, a agência israelense responsável pela gestão do fluxo de ajuda para Gaza anunciou a entrada de caminhões com suprimentos. O governo israelense reafirma que continuará a permitir a entrada de ajuda humanitária, enfatizando que suas ações militares visam desmantelar infraestruturas associadas a grupos armados na região. Contudo, a ONU expressa preocupações sobre o impacto das operações militares na segurança alimentar da população palestina, ressaltando a gravidade da situação humanitária em Gaza.