Um estudo realizado pela Epagri destacou que as macroalgas Kappaphycus alvarezii podem capturar mais de 2,5 milhões de toneladas de carbono, caso todas as áreas aquícolas de Santa Catarina estejam em produção. A pesquisa utilizou uma metodologia internacional para calcular esse potencial, evidenciando a eficiência das macroalgas na mitigação de gases de efeito estufa em comparação com outras culturas agrícolas.
Com a regulamentação futura do mercado de carbono no Brasil, a venda de créditos de carbono poderá se tornar uma fonte de renda adicional para os produtores catarinenses de macroalgas, sem que isso acarrete aumento nos custos de produção. Um dos principais benefícios das macroalgas é a possibilidade de realizar quatro ciclos produtivos por ano, o que maximiza sua capacidade de captação de carbono, tornando essa atividade economicamente viável e ambientalmente relevante.
Atualmente, sete projetos de lei estão em tramitação no Congresso Nacional para a regulamentação do mercado de carbono, visando a criação do Sistema Brasileiro do Comércio de Emissões. A expectativa é que um texto final seja apresentado na próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP-30, que ocorrerá em Belém do Pará no ano seguinte. Esse avanço na legislação pode fortalecer a posição do Brasil como um ator relevante nas discussões sobre sustentabilidade e mudanças climáticas.