Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que 64% dos empresários da Região Sudeste avaliam as condições de infraestrutura como ótimas ou boas. Apesar dessa percepção positiva, 31% consideram a situação regular, enquanto apenas 5% a classificam como ruim ou péssima. O relatório, que abrange setores como transporte, energia, saneamento básico e telecomunicações, destaca a necessidade de melhorias significativas para fortalecer a competitividade industrial e a atração de investimentos na região.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatiza que a infraestrutura é um fator essencial para o crescimento econômico e industrial, citando desafios como a deterioração das estradas e os altos custos de energia. O Sudeste, responsável por 52% do PIB industrial do Brasil, enfrenta problemas críticos, especialmente nas áreas de transporte rodoviário e acesso aos portos. A precariedade das rodovias e as limitações no Porto de Santos são preocupações centrais para os empresários.
Além disso, um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que 54% dos contratos analisados na Região Sudeste estão paralisados, com o setor de saneamento e transportes sendo os mais afetados. O novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado em agosto de 2023, destina R$ 759,7 bilhões em investimentos para obras e serviços na região, reforçando a importância de uma agenda robusta para revitalizar a infraestrutura e superar as restrições logísticas.