Um novo estudo do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) alerta que o mundo pode ter ultrapassado sete dos nove limites planetários que garantem a estabilidade ambiental. Pesquisadores identificaram que processos como mudanças no uso da terra, alterações climáticas e perda de biodiversidade já atingiram níveis considerados perigosos. O aquecimento global é um fator determinante, e a continuação dessa trajetória pode resultar em colapsos ecológicos e desastres climáticos severos, como aumento de eventos extremos e perda de habitats.
Entre os limites já ultrapassados, destaca-se a transformação do uso da terra, que compromete áreas florestais essenciais para o equilíbrio ecológico, e a poluição por gases de efeito estufa, com concentrações de CO₂ atingindo 422 partes por milhão, muito acima do limite seguro de 350 ppm. Além disso, o uso excessivo de fertilizantes está deteriorando os ciclos de nitrogênio e fósforo, criando zonas mortas em ecossistemas aquáticos. A poluição química, com o crescente acúmulo de microplásticos, também representa um grave risco à saúde humana e à biodiversidade.
Por outro lado, alguns limites ainda não foram ultrapassados, como a degradação da camada de ozônio, que está sendo protegida por iniciativas internacionais. A pesquisa enfatiza a urgência de ações significativas para mitigar as mudanças climáticas e preservar os ecossistemas. O relatório ressalta que, sem intervenções imediatas, a Terra enfrentará consequências irreversíveis, comprometendo a saúde do planeta e, consequentemente, a sobrevivência das sociedades humanas.