No 25º Congresso Mundial de Medicina Sexual, a ginecologista Sameena Rahman destacou a relevância da reposição de estrogênio para mulheres na menopausa. A especialista apresentou dados alarmantes, como o fato de que 47 milhões de mulheres entram na menopausa anualmente, e, até 2030, a previsão é que esse número chegue a 1,2 bilhão. No Brasil, 44% das mulheres enfrentam sintomas que impactam sua autoestima, como a diminuição da libido e desconforto durante a intimidade sexual.
Rahman enfatizou a síndrome geniturinária da menopausa, que inclui uma série de problemas resultantes da queda dos níveis de estrogênio, como ressecamento vaginal, dor durante a relação sexual e infecções urinárias recorrentes. O impacto dessas condições é significativo, afetando a qualidade de vida e os relacionamentos das mulheres. Alarmantemente, 60% das mulheres enfrentam infecções urinárias, que são responsáveis por um alto custo financeiro e por muitas hospitalizações na população idosa.
A médica alertou que a falta de diálogo sobre esses problemas entre pacientes e profissionais de saúde é um desafio, com 70% das mulheres relutantes em abordar o assunto. Ela defendeu o uso de estrogênio vaginal como uma medida segura e eficaz, sugerindo que as mulheres devem cuidar da saúde vaginal da mesma forma que cuidam de sua pele, incorporando a aplicação de estrogênio em suas rotinas diárias.