Um estudante de medicina é alvo de investigações por fraudes em provas de vestibular, utilizando um esquema sofisticado com o auxílio de 32 pessoas. As provas, que devem ser feitas com monitoramento via microfone e câmera, eram burladas através do envio de perguntas a André, que fornecia as respostas em tempo real. A Polícia Federal identificou 30 candidatos em quatro estados que contrataram os serviços, resultando em 107 provas fraudulentas. Mandados de busca foram cumpridos em residências de candidatos suspeitos e cúmplices.
Em fevereiro, André foi preso por realizar presencialmente provas do Enem em nome de outros estudantes, evidenciado pela comparação de assinaturas e redações. Ele atualmente enfrenta processos na Justiça federal e estadual por crimes relacionados às fraudes. Com o cancelamento da matrícula na Universidade do Estado do Pará devido a um processo de expulsão, André prosseguiu seus estudos em outra instituição de ensino superior.
O delegado da Polícia Federal ressalta que as faculdades envolvidas estão sendo tratadas como vítimas na investigação, mesmo diante da vulnerabilidade do sistema de controle de provas. A situação levanta questões sobre a segurança dos processos de admissão e a necessidade de melhorias nos métodos de supervisão e verificação durante os exames.