A ONU e organizações de direitos humanos alertam sobre uma suposta estratégia militar do Exército de Israel que visa expulsar a população do norte de Gaza, utilizando táticas que incluem o cerco e a imposição de fome. Recentemente, os militares israelenses emitiram um aviso à população de uma área específica, pedindo que evacuassem para o sul, onde o único ponto de ajuda humanitária está superlotado e sob constante ataque. As mensagens indicam que os civis não devem esperar um retorno rápido às suas casas, evidenciando uma escalada na pressão militar que agrava a crise humanitária na região.
No contexto atual, muitos palestinos ainda permanecem no norte de Gaza, seja para cuidar de familiares ou devido a vínculos com grupos armados. No entanto, as táticas de deslocamento estão sendo restringidas, com as Forças de Defesa de Israel tentando canalizar a movimentação para o sul. Enquanto isso, relatos de ataques direcionados a civis, incluindo mulheres e crianças, têm sido documentados, levantando questões sobre a conformidade das ações israelenses com o direito internacional.
Um plano de ação sugerido por ex-oficiais militares propõe a completa evacuação da área norte de Gaza, transformando-a em uma zona militar, onde os que permanecerem enfrentariam severas consequências. A falta de alimentos e suprimentos básicos agrava a situação, e as agências de ajuda afirmam que a atual ofensiva israelense impacta gravemente a segurança alimentar de milhares de famílias. Embora não esteja claro se o plano foi totalmente adotado, as evidências apontam para uma abordagem que prioriza objetivos militares em detrimento do bem-estar humanitário.