No dia seguinte ao primeiro turno da eleição municipal em São Paulo, os candidatos Ricardo Nunes e Guilherme Boulos apresentaram suas estratégias para a fase final da campanha. O atual prefeito, Nunes, busca conquistar os votos dos candidatos derrotados, especialmente aqueles que se posicionam no centro e à direita do espectro político. Ele espera que os eleitores de Pablo Marçal, que obteve uma expressiva votação, migrem para sua candidatura. Por outro lado, Boulos pretende focar em uma crítica incisiva à gestão atual e explorar o desejo de mudança da população, especialmente nas periferias.
A campanha de Nunes enfrenta o desafio de uma rejeição relativamente baixa entre os eleitores, o que pode ser um trunfo na disputa. Apesar de Boulos ter identificado que 70% dos eleitores desejam mudança, ele também enfrenta a pressão de reverter a tendência desfavorável das pesquisas que o colocam atrás do prefeito. O candidato do PSOL intensificou suas atividades em busca de apoio nas comunidades periféricas, contando com a participação de figuras políticas e lideranças locais para fortalecer sua presença.
A questão dos debates também se destaca na estratégia de ambos os candidatos. Enquanto Nunes propõe um número reduzido de debates, Boulos se manifesta a favor de mais encontros, argumentando que isso é fundamental para expor suas propostas e confrontar o adversário. O cenário se apresenta desafiador para Boulos, considerando o histórico das eleições na cidade e a vantagem do prefeito nas pesquisas de intenção de voto.